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NÃO AO PLÁGIO.

domingo, 30 de maio de 2010

Com mãos calejadas de maus pensamentos
Tive direito de permanecer calado
Não ousei se quer abrir os olhos
Finquei as mãos no bolso suadas e tremulas
Esperei os passos... e eles não vinheram
Então pensei em tudo que foi dito, vivido, negado
Tudo que um dia foi tudo
E que hoje se resume a mãos suadas
Por que não foi?
É fácil sair porta a fora como se não tivesse vivido nada lá dentro
E mais fácil ainda é admitir que não viveu
Afasta de mim teus olhos, meu maior pecado, vicio do qual não tenho remédio
Tira de mim a mania de te amar
E o gosto forte da tua boca
Ainda respinga sobre a minha força o suor da ultima luta
Sinto o peso da derrota, uma derrota em que perdemos juntos
As armaduras desabam uma a uma
Não me resta nem apanha-las
Estou no chão junto a elas
Cercado de maus pensamentos e mãos vazias

Silas Samarky
19.06.2010
20:01

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