Tive direito de permanecer calado
Não ousei se quer abrir os olhos
Finquei as mãos no bolso suadas e tremulas
Esperei os passos... e eles não vinheram
Então pensei em tudo que foi dito, vivido, negado

Tudo que um dia foi tudo
E que hoje se resume a mãos suadas
Por que não foi?
É fácil sair porta a fora como se não tivesse vivido nada lá dentro
E mais fácil ainda é admitir que não viveu
Afasta de mim teus olhos, meu maior pecado, vicio do qual não tenho remédio
Tira de mim a mania de te amar
E o gosto forte da tua boca
Ainda respinga sobre a minha força o suor da ultima luta
Sinto o peso da derrota, uma derrota em que perdemos juntos
As armaduras desabam uma a uma
Não me resta nem apanha-las
Estou no chão junto a elas
Cercado de maus pensamentos e mãos vazias
Silas Samarky
19.06.2010
20:01
perfeito.. *---*
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