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NÃO AO PLÁGIO.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

acordei
estou vivo
pronto para mais um dia
até a tarde
mais tarde
eu volto
ou eu vou
acompanha-me?

Tenho sede
Tenho fome


Sou personagem
Sou multidão


Quero ser feliz
Quero o que sempre quis


Nada além de um
Além de um nada...Eu


Tá doendo
Vai passar
Tudo passa
Ao menos finge
Da uma volta... Volta


Camisa branca
Calsa preta
Corro, nado... Danço... Danço... Danço


Paro
Observo o resto
Beira do prato


Desenho
Listras
Pontos
Linhas


Sigo em frento
Sigo Sozinho...




Silas Samarky
19.02.2010
01:15

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010




Mais uma vez estou aqui
Agora com medo
Entendo o que pode acontecer você longe
Sei também que há dias em que não sou nada
Em que tudo apenas é uma vaga lembrança lançada ao vento

Por bem... Tenho medo
É ridículo ver quão rápido bate o coração
Quase em desespero
Tento manter a calma, ainda que relute

Sinto-me acuado pela sombra que me assegura no chão
Lama batida
Peito em fuso
Pés descalços

Sujo... Eminente


Silas Samarky
19.02.2010
00:00

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Marias

Por algumas Marias fui encantado
De todas, as delicadezas eu ganhei
"Vi tudo que há em mim" depois que as toquei na radiola... Velhinha, já desbotada
Igual a camisa em que usava quando as chorei...
...Choro, lembro de cada subir de tom
As notas impregnadas em meu jornal
[vou de zero a dez em oito ou oitenta]
Os agudos, leio sempre depois de dormi
É quase oração.

E acordo com a sensação de as ter visto
Tudo em mim é fanático
Quem não gosta de Maria não passará a João

Aqui de longe só dá pra ver a flor no cabelo
Mas ainda sim todas elas em particular
São as mesmas em que desdigo a alma pálida
De tantas são as cores em que as escuto

Para Maria Rita, Maria Gadú e Maria do Céu (Céu)

Silas samarky
10.02.2010
16:10
Confesso
Tive medo
Aonde desci nenhum poeta sem asas desceria
Arisquei toda minha plateia
Que me assistia estática

Sem redenções
Pulei
O mais baixo que pode
Não duvidei por um centésimo que chegaria lá em baixo
Apesar de ter ido com os olhos fechados

Com toda certeza de mortal
Morri e vivi
Ou viveram em mim
Por varias e varias vezes em quanto desci

A surpresa disso tudo foi saber que o ar tem gosto... renovação

Quis aproveitar a viagem
Vi alguns filmes
Mandei um postal com o desenho do que vi...
Quando se desci não imagina o que se vê
Tudo e nada simultâneo

[Paralelo a isso acordei



Silas Samarky
08.02.2010
17:00

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Lados


Não consigo dizer se é bem ou mal.
Sem saber explicar me visto de dois gumes...
No qual sou metade

Como num mosaico construo concepções e defesas
Notificados pela previsão do tempo
Faço-me em lados... Oposição

Com um seco, outro molhado tento vestir-me
Com a capa do subjetivo
O que ta implícito é sempre outro... Eu, talvez ele ou... Até tu Silas?
-Quem saber?
Vai saber... E depois me avisa!


Silas Samarky
08.02.2010
00:18

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Doses


Doze doses de gim
E dose dupla da minha loucura tangente

Em busca de algo perturbo a decência em meu nome...

O gole no peito em taças medias de malicia
O colocar gosto em bocas de veludo
O escorregar pelo pescoço as gotas do pecado
Fazem-me cair "na delicada embriagues do corpo teu..."

E agora pronto, beiços lambidos
Pontos erguidos a traços e taças

Silas Samarky
06.02.2010
03:40

Morena de gestos e feição
Transcende de uma face clara
Um sorriso solto

De modos trançados a um cabelo rebelde
Desfaz de escuros fios

Particularizando olhos bordados
a decência do pecado
Anulando santidades de cor

Recebe de sinos másculos
O canto do acasalamento

Categoria de alegria e de fria constância
É de todo modo única
Dançando os dígrafos
Aos ricos de um porta a descrevê-la.

Para Bruna Batista

Silas Samarky
20.07.2009
23:57

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Intuitivamente desenho palavras
Ponho-me
nelas pra poder escrever
Deixo-me levar por linhas e veias
Da mesma
tinta da caneta
Julgado por reticências
Separado pelo ponto do fim.

...Arriscando sempre um de mim

Perpassa entre meus dedos o pó de
cada instante limpa
As palavras tiradas das gavetas de cima
E as lembranças
da ultima chuva

...Quanta loucura

Silas Samarky
04.02.10
03:05

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quanto ao sonho de hoje
Sem palavras ainda vivo
Revejo momentos e passos
Da dança que ensaiamos há meia hora atrás
Dois corpos pelados envoltos ao arco da saudade
Dividindo o fôlego, buscando o toque das costas
Acordando o peito que nesse instante bate...
Mesmo distante, faz-se tomar de meus braços,
Para sofrer comigo a lonjura que nós apaga


Continue olhando para a lua, lá é onde estou pra você
Que daqui vou torcendo por nós dois!

Silas Samarky
03.02.10
13:50

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


Quanta luz a me seguir
Sinto-me protegido agora
Numa colina que meus pés alcançam
Reagindo a instintos que pensei ter perdido
Na viagem que fiz a terra
Era tudo tão novo e distante
Por momentos tentei me encontrar em meio às pessoas
Numa tentativa frustrada do auto conhecimento
Depois que cansei fui em busca do que seria minha alma gêmea
Dei de cara com alguns Judas
Uns que amei tanto, mas amei só
Outros me fizeram o mesmo que eu
Tudo parecia empoeirado
Conheci metade da terra e parti
Sem ao menos um caminho ou qualquer ligação a ela.
Apesar de tudo tive poucas decepções e quase nenhum arrependimento
Só me arrependo de não ter me conhecido
De não ter ficado mais sete minutos lá em baixo
De ter voltado só
E de ter fugido



Silas Samarky
02.02.10
03:16