AVISO:
O uso não autorizado, e impróprio (ou não creditado) do material original retirado deste blog viola os termos e constitui contrafação - violação de direitos autorais - conforme a lei numero 9.110/98 - lei de direitos autorais.


NÃO AO PLÁGIO.

sábado, 31 de julho de 2010

A caminhada

Lento
Caminho cauteloso
Por ruas que me alimentam a saudade
Arriscando ao acaso a sombra pálida a que me protejo
Os passos sonhados são os perigos de qualquer razão
Me escuro na desordem do tempo
Nas portas encontro as faces plantadas e aguadas por estranhos pedintes
Aonde também de balde na mão vou seguindo
...As canções das quais me reinvento
São colheitas dessas águas


Silas Samarky
31.07.2010
00:22

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vão

Após vasculhar meus bolsos
Descobri uma poeira só minha
Fui à busca da falta infinita
E ela estava lá
Esquecida... Talvez nunca lembrada
Ou talvez somente vivida
Quanto às coisas penduradas
São ornamentos que dão sentido as minhas lembranças
...Estão mesmo ali para serem lembradas
Ou fazem parte da parte que não é nada?
Os tabacos que escondi de mim mesmo
Servem para não alimentar meu vicio... Que é amar
Dói finitamente... e isto já trago no bolso
Quero algo novo, algo que não se compra... Muito menos se conquista
Algo que se liberta
Se deixa levar... Voa-se junto

Silas Samarky
28.07.2010
00:12

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vamos ser

É de achar graça, como o ser humano deixa passar chances de felicidade
Numa burrice plena
E o que me comove é que sabem disso
Mas o medo os impedem de continuar
Esse medo que os transformam em pessoas multáveis
Complexas
As amarras são couraças
As mesmas que usamos quando temos frio
Acredito ser ofensivo, não precisa temer ao que sinto... ao que sentes
Deixa de lado os pensamentos
As proteções
Deixa ao meu lado o medo, posso cuidar pra você
Vamos ser animais sem razão... Com todo sentimento do mundo

Enlouqueça ao meu lado
Prometo contar histórias pra você dormir

(ao maior cego e surdo que conheço)

Silas Samarky
21.07.2010
12:32

domingo, 18 de julho de 2010

Preciso Dizer Que Te Amo

Então
Sou só eu outra vez
Eu, comigo
E o oceano dos meus olhos
Eu de saliva seca
Peito apertado
Eu sem amor... isso que nos parece deixar mais próximos de Deus

...E a possível nova estrada

Lembrando em cada riso teu as imagens pintadas de felicidade...
E do nada vem uma força e rabisca tudo
Acaba com o trabalho que de tão simples é frágil
Mas o que tenho a te dar
É a simplicidade do belo
É o simples olhar
É a simples minha maneira de dizer: - Te Amo

Silas Samarky
18.07.2010
23:16

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Confuso

Ainda estou perdido
Pretendo ser
Mas também se não der pra ser
Sinto muito
E se ainda não sentir... perdoe-me
Sou humano
Disso tenho plena certeza
Mas também é só disso

Estou distante de chegar
Almejo joelhos a rezar por mim
Preciso de mais
Um terço não me adianta
Não são nem dois passos
Preciso andar como minhas pernas
Ainda que não saia daqui

Quero mostrar que ainda estou nu
Ainda prefiro a transparência
A palidez da loucura
Sinto-me melhor assim.

Silas Samarky
15.07.2010
19:18

As Palavras

A descoberta de um caminho,
É apenas uma alternativa
O ponto,
Não é o limite
A sombra,
É sobretudo você mesmo

Entendo que antes fomos rabisco
Sem tinta,
Sem papel...
De estética dúbia
De dúbias maneiras

Não sou obra do acaso
Quem me escreveu
Sabe como fazer
Até mesmo antes e melhor que eu

Então dou-te as palavras
Essas que saem da minha pele
Essas que me diferenciam dos outros bichos
Com essas mesmas palavras
Que me criaram e criaram o que posso sentir
Que saberás o porquê eu vivo e como vivo.

Silas Samarky
15.07.2010
18:37

terça-feira, 13 de julho de 2010

O Corredor

Duas mãos encontram-se... Na procura do conhecimento
Tremulas, reagem ao que sai de dentro
Algumas palavras são ditas na tentativa de camuflar as sensações
Alimentados pelo sentir... Pintam suas peles
Fragmentando os adornos do lugar
Múltiplos segredos ao ouvido... Fuga perfeita

Paralelo a isso morria-se o mundo

Deita-te sobre meus olhos de ressaca
Ou sobre a minha coxa de mansidão
Deseja o meu peito pássaro... Eu te dou
Seu sorriso não basta

Ouve-se de fundo uma voz eloquente
E dois corpos que se dialogam na mais sincera harmonia... Tudo azul
O mar se estendia diante o corredor

Silas Samarky
13/07/2010
18:53

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Bacante

De tudo fica apenas a vontade...

O desejo

Não é culpa minha

Recebi fácil dos Deuses

Sempre o tive

Independente de qualquer caixa

É o que eu sou de fundo

As qualidades que recebi

Resumem-se a mim mesmo

Pleno ainda que mortal

Narciso?

Não... Pandora!

Dioniso.

Silas Samarky
08.07.2010
12:15

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Contigo

Pra onde você for me leve
Não me importa
Quantas ruas terei que andar

Seguirei a felicidade ao teu lado
Batendo em portas
Ou batido por elas
Em mim só terá um gosto
O gosto suave dos teus olhos
Me guiando na tua estrada
Onde as pedras são pó
e as paredes, força
Tudo em mim é desejo
Vontade de continuar
Peregrinando a tua companhia
Aqui onde me sorri teu amor

Silas Samarky
01.07.2010
02:31