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NÃO AO PLÁGIO.

sábado, 25 de setembro de 2010

Epiderme

Sou o elo do meu chão e do meu céu
Sou aquilo que movimento, aquilo a espelhar
Sou dono das incertezas que disfarço
Perpétuo por entre mim as provas da distração
Tenho medo do que sinto, de quem sou
Onde cheguei... É perigoso voltar
Mas não sei como faço para ir embora
Dentre tantas coisas que sou... Sou amor
Não sei negar.
 
Silas Samarky
25.09.2010
11:37

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Queres

A cabeça tonta...
E quanto mais falo sobre as viagens todas
Estendes naquele que pensas ser eu
As mãos vazias, esbranquiçadas
Não tenho lá muitas rugas, muitos esquecimentos
Mas os anos que colecionei me deram as mãos cor
Preencheram de mim a mim sem respaldo de mentira ou enganação
De troco me deixaram livre, vil, errante
De modo que não precise das tuas mãos opacas, trêmulas, inseguras
O que preciso se bem sabe
É do pulsar do teu sangue,
Da maneira doce, dos teus dias comuns,
Dos teus olhos-mel simples, me olhando em movimento
E me fazendo companhia ao pôr-do-sol

Silas Samarky
15.09.2010
00:25

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Filho da Lua

E de noite
Preso a tuas pegadas
Vou resgatando as vezes em que contigo dormi
De olhos abertos vejo por mim um velho cansaço
E ai então quando pego no sono
Você reaparece para afirmar o quando sou fraco
Só dependo do meu corpo e não do teu
Sou aquilo que de mim acontece
Sou a viga mais ferina e mais doce
Sou filho da lua, ainda que pelo avesso
Ainda que descalço me machuque
E... Se nessas noites arrancares de mim tua presença
Continuarei dormindo sentido a presença de quem vem

Silas Samarky
03.09.2010
01:49