A cabeça tonta...
E quanto mais falo sobre as viagens todas
Estendes naquele que pensas ser eu
As mãos vazias, esbranquiçadas
Não tenho lá muitas rugas, muitos esquecimentos
Mas os anos que colecionei me deram as mãos cor
Preencheram de mim a mim sem respaldo de mentira ou enganação
De troco me deixaram livre, vil, errante
De modo que não precise das tuas mãos opacas, trêmulas, inseguras
O que preciso se bem sabe
É do pulsar do teu sangue,
Da maneira doce, dos teus dias comuns,
Dos teus olhos-mel simples, me olhando em movimento
E me fazendo companhia ao pôr-do-sol
Silas Samarky
15.09.2010
00:25
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