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NÃO AO PLÁGIO.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Entre Olhar

Em olhares que se trocam em plena busca pelo novo
cansados de lágrimas frias
deitam um sobre o outro, deliciando-os de magoas passadas
Embora ainda desacreditem no que está por vim... esperam
Aprofundam-se nas almas
Desenham com o olhar o que esperam
Demonstram com o corpo o que querem
Enquanto tudo ao redor vai passando
Calmos se olham
Um olhar de descoberta
Um olhar repetido
E ali se perdem as diferenças, o passado, as magoas...
Pouco se importam se há terceiro ou quarto olho
Aproveitam o máximo a retina
Podendo se primeira e única vez
Sabendo disto
Amam tão intenso quanto fugaz
...Mas guardara para todo e sempre as imagens que viu dentro dos olhos meus

Silas Samarky
26.03.2010
11:14

quinta-feira, 25 de março de 2010

Acho um tanto engraçado essa nossa predisposição a adaptar-se sempre que as coisas não estão bem para o nosso lado
Estamos sempre procurando o mundo que nos agrada ou que no máximo não nos faça mal se quer... prepotência pura
Alimentamos a mesma mentira daqueles que crucificamos... Somos iguais!
Rimos o quanto podemos rir, choramos na mesma proporção do riso
As histórias que contamos, para iludir não sei a quem, só servem para afirmar ainda mais nosso sofrimento, que em tantas vezes fútil, nos arrasta a uma dependência de auto-suficiência onde só nós sabemos a falsidade desta afirmação... como a de tantas outras que usamos e jogamos no lixo
logo depois
Somos feitos de pó que se guia pelo vento da fartura e da miséria
Somos tão contraditórios que precisamos de um espelho para afirma o que já constatamos
Procuramos com coragem a salvação dos nossos erros e nos encovardamos diante as derrotas
Quem somos nós?
As muralhas inabalaveis, certame de fortaleza... tudo mentira!
Somos seres que precisamos de comida, bebida, calor, amor... precisamos de outro para sobreviver a essa savana onde melancólicos costuramos nossas dores
Sabemos muito pouco do amor para julga-lo
Tenhamos a decência de analisar individualmente os românticos, desavisados, bobões, rudes, quentes, livres... Quando isso acontecer estaremos prontos a errar outra vez...




Silas Samarky
25.03.2010
00:55

segunda-feira, 22 de março de 2010


Pequenino fico de imaginação com as nuvens
Testando o azul do céu
Percebendo o tamanho da minha palidez diante do tão grande color
És quão puramente sonho, a deslizar sobre a tua fina nevoa de sentimentos
Deste alto, por entre as estrelas que passeio atrasado recordo-me das pessoinhas
Que lá em baixo correm no asfato batido, exato, reto.
Não sabem que viver aqui é uma aventura de livro
Onde o autor é aquele que brinca...
Ainda que as pressas antes de ir para o trabalho!

Silas Samarky
22.03.2010
01:25

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dois...
Somos dois que mais parecem um
A mesma cor, o mesmo cabelo
O mesmo jeito de sorrir da gente
Enquanto longe queremos apenas compartilhar de segredos e dias comuns
Somos ainda duas crianças dançando o dilema que é a vida
Escrevo-te passagem
Ficas de lembrança o quarto em que de novo reconhecemo-nos um
Em plena avaliação de sentidos
Despertos a vontades restritas
Um tanto ser
Sonda-me o que de ti guardo
Que eu vou procurar em ti algo de mim que ainda restou
Estamos prontos para ter-mos a vinda da justa posição dos lábios resecos de saudade
Enquanto demoras vou me satisfazendo com a minha outra parti que é "Você"!

Pra Você

Silas Samarky
18.27.2010
01:27

Madrugada

Gosto da madrugada
nela posso ser mais eu
posso falar o que quizer que ninguem me ouve
posso ser louco sem ser recriminado por isso e aquilo ou aquilo outro

Na madrugada solto as amarras que o dia não me permite se quer afrouxa-las
canto intuitivamente para os deus que eu quizer
mergulho na mais mórbida fantasia, vestindo as roupas de quem subir na telha
...respiro os pensamentos
ponho de exemplo a estrela imaginaria
seu brilho, sua longividade, sua independência

É na madrugada que as obrigações desaparecem
e por oito horas podemos não existir
quando a alma descansa, desprende seu peso
aliviando-me de 7 kilos de conciência

Silas Samarky
18.03.2010
00:38

quarta-feira, 17 de março de 2010

Retenho meus ataques de exaltação
Pois ainda desconheço o meu papel
Tenho medo do impiedoso destino
Da musica que acorreta-nos no espaço

Tenho medo também das outras manias
Do querer sempre a felicidade
Parece algo que não tem
Ai tenho medo de não te-la de verdade

Em quantos sou sempre falante, desperdício, rubro...
Outros me esnobam com sua conjuntura de inovação e senso

Mas nada me inveja
Só me atrapalha

Se sou o mais despido de palavras
Essas que nos diferenciam dos outros bichos
Então eu vivo, com ou sem papel, vivo!

Silas Samarky
17.03.2010
10:57
Ao mudar as horas
Façamos o que der vontade
Jogue-mos o jogo em vida
Monte-mos dia após dia
Sem ordem crescente
Façamos isso lucidos
Crentes no ralentar do tempo
Antes somos apenas teoria de criação
Gozemos o atraso
Da escrita, do passado
Que nem sempre nos competi
Passamos então a verdade
Ao realismo que nos loucos
Sofremos paranoicamente
Por tanto, em tantas viagens a lugares findos
Seremos sempre uma parábola inexistente
Competindo com o tempo por espaço


Silas Samarky
02.03.2010
19:30

segunda-feira, 15 de março de 2010




Nesse dia de sol pretendo adormecer
E talvez acordar lá paras tantas quando
A chuva me avisar quem vem, quando tiver certeza
De que mais tarde não a nada pra fazer
A não ser tomar coca-cola e delirar com uma barra de chocolate
Esses que são meu fraco...


...Os outros escrevo depois.
Silas Samarky

quinta-feira, 11 de março de 2010

A implacavel força da saudade
Que nos funila a um estado de virgilha constante
Como se aquilo fosse a ultima coisa a ser feita
Nos empresta a demasiada paciência e em troca querem nosso tempo... Como brinde nosso juizo
Embora sem reclamar aceitamos as condições
Assim acreditaremos na volta... Essa possivel volta é que o punhal cortejo
Quanta lamuria e ainda sim não saimos de perto do santo
A existencia embora supérfla, à arrodiamos como se fosse a ultima gota d'água no deserto
Também a crença é a unica coisa que nos resta, já que a outra parti... Partil!
Além disso não se vê nada, só a atenuante espera
Até que tudo finda no frustante comodismo
E na sensação de não se ter nada errado
Tanto que fazemos denovo, denovo e denovo...
Sem a menor sombra de culpa.

Para meu querido primo Diego

Silas Samarky
11.03.2010
01:00